TURISMO DE INCLUSÃO
Designer propõe placas turísticas para a comunidade
surda
Projeto prevê símbolos em Libras para identificar
40 monumentos do Recife e de Olinda
Publicado em 08/02/2015, às 08h08
Cleide Alves

Exemplos de pictolibras sugeridos para as placas de sinalização
turística
Arte criada por Maryna Moraes/JC sobre desenhos de Klesley Bastos e Giovana
Caldas
Nove
anos atrás, os designers pernambucanos Klesley Bastos e Giovana Caldas
elaboraram um calendário escrito em Braille, o sistema de leitura pelo tato. A
dupla, agora, apresenta proposta para incluir sinais utilizados pelos surdos em
placas de sinalização de pontos turísticos e culturais do Recife e de Olinda.
Com
assessoria de dois surdos, eles criaram 40 símbolos baseados na Língua
Brasileira de Sinais (Libras). Os desenhos, batizados pictolibras, representam
a forma como o deficiente auditivo identifica o Alto da Sé, o bairro de Boa
Viagem, a Casa da Cultura, o Convento Santa Teresa, o Marco Zero e o Mercado da
Ribeira, entre outros locais.
A
escolha dos monumentos levou em consideração a relevância do lugar, os sinais
já conhecidos e as áreas de interesse da comunidade surda. “A primeira língua
deles é a Libras. Levar essa língua para as placas turísticas é educativo para
a população em geral, que passa a conviver com esses símbolos, e inclui o
deficiente na sociedade”, comentam Klesley Bastos e Giovana Caldas.
O
projeto foi selecionado pelo Fundo Estadual de Cultura (Funcultura 2013) e
desenvolvido ao longo de 2014. Em dezembro passado, os designers apresentaram a
proposta à Secretaria de Turismo e Lazer do Recife. “Também vamos procurar a
Prefeitura de Olinda. A execução do
projeto
A intenção de incluir o Pictolibras aos
sistemas de sinalização de monumentos é informar ao surdo o sinal em Libras
para o mesmo, respeitando um direito além de ser educativo aos sujeitos surdos
e ouvintes.depende do interesse dos municípios”, diz Klesley.
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