Portal G1, de 24/03/2013 - Carolina Sanches
A cientista da computação Samila Holanda, de 26 anos, é um exemplo de que quando se tem persistência e força de vontade os obstáculos ficam menores. Ela é surda e trabalha há dois anos como digitadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Para a analista, a maior barreira enfrentada pelo deficiente auditivo é o preconceito.
“Já tive outros empregos, mas em funções de pouca visibilidade. Em uma loja que trabalhei, por exemplo, algumas pessoas desistiam de pedir minha ajuda quando percebiam que não escuto”.
Assim como a cientista da computação, o auxiliar administrativo e instrutor de libras Jerlan Batista, 24, reclamou das dificuldades enfrentadas pelo deficiente auditivo no mercado de trabalho. Ele, que é surdo desde que nasceu, conta que a falta de oportunidade de crescimento na empresa faz com que muitos desistam do trabalho regulamentado e passem para a informalidade.
Assim como a cientista da computação, o auxiliar administrativo e instrutor de libras Jerlan Batista, 24, reclamou das dificuldades enfrentadas pelo deficiente auditivo no mercado de trabalho. Ele, que é surdo desde que nasceu, conta que a falta de oportunidade de crescimento na empresa faz com que muitos desistam do trabalho regulamentado e passem para a informalidade.
“Trabalhei em agência bancária e em fábrica, mas não era feliz na função que exercia e sabia que não tinha possibilidade de crescimento. Quando comecei a trabalhar como interprete ajudando em cursos de libras me senti realizado”, afirmou o jovem, que cursa faculdade de Biologia.
A estimativa da Associação de Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) é de que apenas cerca de 300 dos deficientes auditivos estão no mercado regular de trabalho. Esse número representa menos de 1% dos cerca de 180 mil surdos em Alagoas, segundo o censo de 2010 do IBGE.
Empresas precisam se adaptar
Para Iraê Cardoso, a maioria das organizações se preocupa apenas em cumprir a cota, sem focar na qualificação dessa mão de obra ou em intervenções que poderiam melhorar seu desempenho no trabalho.
Para Iraê Cardoso, a maioria das organizações se preocupa apenas em cumprir a cota, sem focar na qualificação dessa mão de obra ou em intervenções que poderiam melhorar seu desempenho no trabalho.
“Muitas pessoas, por desconhecimento, acham que o deficiente auditivo, por ter um auxílio do INSS, não quer trabalhar. Mas isso não é a realidade. O problema é que, muitas vezes, as vagas ofertadas são somente em balcões de supermercados ou outros cargos que não valorizam a capacidade profissional”, falou.
Reportagem completa em: Surdos têm dificuldade de se inserir no mercado de trabalho em Alagoas
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